Morte, roubo, furto... zona rural pede socorro

Produtor Zé Lafaiete denuncia perigo no campo

13 de maio de 2021
atualizada em 22 de julho de 2021
Produtor Zé Lafaiete na plantação de café
Produtor Zé Lafaiete na plantação de café

O produtor rural, o agricultor conhecido como Zé Lafaiete, procurou o Portal Convergente por estar preocupado com os crimes que têm acontecido com maior frequência na zona rural, interior do município de Santa Teresa (ES).

Recentemente um agricultor tentando defender sua criação de porcos foi assassinado a sangue frio. Assim, também, em outras localidades temos conhecimento do aumento de violência, seja no furto de veículos, seja prendendo pessoas dentro das casas com torturas e roubos.

O município está no período de cata do café, onde muitas pessoas de fora da cidade vêm em busca de trabalho temporário. O senhor Lafaiete disse ter uma preocupação maior com o fato de que alguns munícipes deem guarita em suas casas ou terras a pessoas as quais não se tenha, pelo menos, alguma referência. Compartilhamos da mesma preocupação do produtor rural.

O Convergente destaca, que além do período da colheita do café, infelizmente o país passa por um período de desemprego e alta nos alimentos, o que causa o aumento do êxodo urbano (deslocamento de mão-de-obra desempregada da cidade para o campo) que se confunde com o advento de pessoas mal intencionadas.

Com a sensação real do aumento da violência no campo, o senhor Lafaiete frisa em seu depoimento que a polícia tem feito ronda com frequência no interior, porém não é suficiente para evitar que criminosos estejam à espreita para o cometimento desses delitos e sejam perfeitamente inibidos.

Zé Lafaiete foi candidato na última eleição a vereador e tem por vocação cuidar do bem estar de sua vizinhança e do município. Ele apela então às autoridades responsáveis para que tomem algum tipo de cuidado especial nesta época, como alerta aos produtores que ao perceberem movimento de qualquer pessoa suspeita nas redondezas não deixem de ligar pata polícia e solicitar averiguação; não reagir diante do assalto, evitando que outras tragédias como a que aconteceu recentemente em Várzea Alegre volte a acontecer.

Para o leitor que não tomou ciência do fato, esclarecemos que o senhor Erasmo Antônio Ghisolfi, de 70 anos, foi morto na zona rural de Santa Teresa, no distrito de Várzea Alegre, no dia 24 de abril, ao tentar se defender do roubo de sua criação de porcos. Um crime que muito nos entristeceu. Nos solidarizamos com a família do senhor Ghisolfi e apoiamos a preocupação do senhor Lafaiete. 

Uma sugestão do Convergente para auxiliar o Sindicato da Agricultura, as Polícias, a Secretaria de Agricultura e Gestão da Prefeitura seria criar um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) que possa fazer triagem de toda pessoa que vier trabalhar no município, seja na rotina sazonal da colheita do café ou não. Desta forma, as pessoas passam por uma verificação de endereço residencial, legitimidade de documentos de identificação e CPF, antecedentes criminais e local onde vão trabalhar. Todos os produtores deverão ser orientados a encaminhar indivíduos que procurem trabalho ao PAT para cadastramento, triagem e colocação adequada ao seu perfil, de acordo com as demandas no município.

Acreditamos que este simples cadastro e triagem poderão trazer mais respeito a esta relação trabalhista, seja temporária ou permanente. E, principalmente, para que o município tenha maior segurança, controle de quem são as pessoas que estão precisando de colocação no mercado de trabalho, suas referências, perfil e demanda. Um processo simples que não crie transtornos para agricultores e nem para as pessoas que busquem trabalho. Ao contrário, possa melhor atender a necessidade de ambos.

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Carmem Barcellos
Comendadora Augusto Ruschi, técnica em Meio Ambiente, graduada em Administração com habilitação em Marketing, pós-graduanda em Gestão Pública, bancária, eterna aprendiz e artista por vocação
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