História não contada
Grandes personagens da nossa história podem ficar anônimos por algum tempo, mas boas obras, em tempo oportuno, sempre serão reconhecidas
Grandes personagens da nossa história podem ficar anônimos por algum tempo, mas boas obras, em tempo oportuno, sempre serão reconhecidas.
O fato ocorreu em janeiro de 1993, um incêndio na pequena Papelaria Lisboa. O comerciante Uleuter Sant'Ana era um dedicado empresário na agradável cidade canela-verde e levava seu negócio muito a sério. Como todo homem batalhador e pequeno negócio, ele dirigia sua empresa com o apoio da esposa Giovana. A simpática papelaria situava-se em frente ao Colégio São José em Vila Velha no Espírito Santo.
Todos nós conhecemos as dificuldades que enfrentam pequenos negócios no Brasil. Com o Papelaria Lisboa não era diferente. Uleuter e sua esposa lutavam para manter o negócio e sustentar a família. Entre manter um pequeno estoque e pagar altos encargos, nunca sobrava o suficiente para que esse empresário investisse em um plano de seguro para cobertura predial e do estoque.
Em uma madrugada de segunda-feira, ladrões subiram no telhado da loja e conseguiram arrombar uma pequena entrada pela qual invadiram o estabelecimento. Por não conseguirem encontrar valores para satisfizer sua ganância, colocaram fogo na loja. Ao perceberem a fumaça e chamas, os vizinhos acionaram o corpo de bombeiros. Conforme o relato, o corpo de bombeiros precisou ir até a praia para abastecer com água o caminhão pipa da corporação.
Com um estoque de fácil combustão e a demora na chegada do socorro, o que não foi destruído pelo fogo, foi destruído pela água. Em poucas horas aquela pequena papelaria foi completamente destruída.
O fogo daquela madrugada queimou muitos sonhos, comprometeu o sustento de uma família, mas não enterrou a coragem daquele homem. No dia seguinte, a notícia do incêndio já estampava todos os jornais, enquanto o empresário estava lá nos escombros buscando encontrar alguma esperança. Foi quando seu vizinho de loja o chamou.
"Uleuter! Uleuter!" Gritava o senhor Nestor. "Tem uma ligação pra você aqui na loja"! Com grande estranhamento, Uleuter foi atender a chamada. Quem estava ao telefone era o senhor Paulo César.
"Uleuter! Estou com o jornal em minhas mãos. O que aconteceu?" perguntou o senhor Paulo.
"É isso mesmo que você está lendo! Perdi tudo!" respondeu o empresário. "Venha até minha distribuidora para conversarmos! Estarei aqui te esperando! Abraço", encerrou o senhor Paulo, sócio proprietário de uma grande Distribuidora numa cidade vizinha de Vila Velha.
Com sacrifício e ajuda de muitos amigos, Uleuter e Giovana conseguiram reconstruir o prédio da papelaria. Precisando abastecer as prateleiras, foi até a Distribuidora do senhor que lhe telefonou para adquirir alguns itens. Em chegando lá, logo foi abordado pelo senhor Paulo César que o levou ao seu escritório. Acomodados em cadeiras confortáveis, o gerente da loja foi chamado.
Uleuter foi apresentado ao gerente da loja e uma ordem foi dada pelo senhor Paulo César ao seu funcionário: "atenda ao senhor Uleuter e o sirva com o que ele precisar!" E continuou: "Pode vender para ele até metade de tudo que tivermos na loja e em estoque. Faça a nota num pedaço de papel de pão, amasse e depois jogue no lixo!"
Esse homem, que deu essa impressionante ordem, que acolheu e sentiu a dor daquele papeleiro é o empresário Paulo César Sarria, sócio proprietário do grande Atacado São Paulo do estado do Espírito Santo. Por que tanta generosidade com alguém com quem mantinha esporádico relacionamento profissional? Essa resposta só Deus pode dar.
Deus retribui todo ato de amor. Não por menos, o senhor Paulo César Sarria, merecidamente recebeu o prêmio de LÍDER EM REVENDA DE PRODUTOS DE ATACADO. O reconhecimento veio através do Prêmio Líder Empresarial realizado pela Rede Vitória para lideranças eleitas em 2020.
Parabéns, senhor Paulo César! Nem só de negócios vive o homem, mas, também, de amor e misericórdia. Seu exemplo de generosidade nos tocou profundamente. Precisamos de mais seres humanos como o senhor. Sucesso sempre!