O que deve vir primeiro: as provas ou a acusação?
É temerário e criminoso desinformar e levantar acusações sem ter comprovações
O Presidente Jair Bolsonaro insiste em agir com desinteresse pela verdade. Ao jogar dúvida sobre o caráter das pessoas, instituições e processos sem apresentar provas, se coloca numa posição leviana, no mínimo, inadequada à sua posição.
O Mandatário do Brasil tem a sua disposição toda inteligência federal, técnicos e informações privilegiadas para colocar a prova todas as suas dúvidas. Mas ao contrário disso, prefere lançar mão de questões infundadas, sem qualquer intenção de provar o que é a verdade. Quais seriam suas reais intenções?
É estranho constatar que o eleitorado do Presidente esteja "fechado" com este tipo de atitude. Eu mesma acreditava que alguns bolsonaristas estariam enganados e dispostos a eleger a família Bolsonaro por amar a verdade e a justiça. Porém o tempo passa e o que testemunhamos é seu caráter calunioso se revelando. Não vemos neste governo nem a transparência e nem a verdadeira luta pela justiça, tão alardeados em campanha. Isto me leva a crer que a motivação do eleitorado seria outra. Com o que se identificam com os Bolsonaro?
Enquanto os dias avançam e nossos mortos crescem, o Presidente segue desferindo seus golpes na democracia. Até o momento não vimos um administrador comprometido com as dores do povo, ao contrário, vemos nítido seu egoísmo e preocupações pessoais.
O Brasil segue sofrendo com a destruição prometida pela campanha do "Melhor Jair se acostumando". Acostumar com o quê? Com o ódio e o retrocesso das nossas conquistas tão sofridas?
O país de um povo alegre e amigável está estressado, doente e dividido, endividado, abandonado a própria sorte e sem brilho nos olhos. Não é possível que o fundo do poço ainda não tenha chegado!
Precisamos de um líder que seja exemplo e motive o povo a agir com bondade, verdade e justiça. Não aguentamos mais!
Deixo para reflexão um velho conselho da sabedoria popular que o nosso Presidente, com certeza, não conhece:
Certa vez, um homem chegou até Sócrates e disse:
– Escuta, tenho que te contar algo importante a respeito de teu amigo!
– Espere um pouco (interrompeu o sábio). Você fez passar aquilo que quer me contar pelas três peneiras?
– Quais três peneiras?
– Então, escuta bem! A primeira é a peneira da VERDADE. Estás convicto de que tudo o que quer me dizer é verdade?
– Não exatamente, somente o ouvi dos outros.
– Mas, então, certamente o fizeste passar pela segunda peneira? Trata-se da peneira da BONDADE.
O homem ficou ruborizado e respondeu:
– Devo confessar que não.
– E você pensou na terceira peneira? Pense bem se me seria útil o que quer me falar a respeito do meu amigo! Esta última é a peneira da UTILIDADE.
– Útil? Na verdade, não.
– Vê? (disse-lhe o sábio). Se aquilo que quer me contar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, então é melhor que guarde somente para você mesmo.