Shamsia Hassani a primeira mulher grafiteira afegã
Neste dia 26 de agosto queremos celebrar o Dia Internacional da Igualdade Feminina com arte, delicadeza e sonho de liberdade
Dia 26 de agosto o Congresso Americano estabeleceu como data para celebração do Dia Internacional da Igualdade Feminina. A dia foi escolhido em função da aprovação da 19ª emenda, que permitiu o voto às mulheres norte-americanas.
Infelizmente, este ano a reflexão é sobre uma luta ainda mais árdua à nossa frente. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o avanço para alcançar a paridade de gênero retrocedeu durante a pandemia da COVID-19. Isto porque mulheres trabalham em setores mais afetados como a saúde e educação.
O último Relatório Global de Lacuna de Gênero prevê mais de 135 anos para retomar a conquista do espaço feminino perdido em todo o mundo , contra os 99 anos previstos em 2020.
É preciso muito mais resiliência das mulheres, criatividade e foco em projetos inclusivos. Com a união das empresas, do governo e da sociedade civil poderemos diminuir estes impactos.
Segundo o Banco Mundial, muitas economias não aceitam mulheres em determinados funções e alguns países ainda permitem que maridos proíbam suas esposas trabalharem.
Para representar esta luta feminina por igualdade de gênero, trouxemos um pouco de leveza da arte Grafite de Rua de Shamsia Hassani, a primeira mullher grafiteira afegã. Cada detalhe de sua arte nos enleva. Uma obra que expressa o desejo de libertação de cada mulher.
O dente-de-leão é frequente em suas obras. O voo suave de suas sementes representam a leveza da liberdade sonhada.
O barquinho e avião de papel são dobraduras infantis que remetem nossa lembrança aos sonhos da criança, quando queríamos conquistar o mundo.
Os cabelos soltos ao vento, em particular, provoca nossa imaginação de como um gesto tão simples diz muito sobre a falta de liberdade das afegãs.
Toda obra da Shamsia, especialmente neste dia e neste momento que vive o Afeganistão, nos traz uma reflexão profunda sobre a paridade de gênero, nossa necessidade de paz, sobre a delicadeza dos sonhos, sobre o respeito às liberdades e como a arte pode nos transportar, conectar e revelar a alma humana.