Princípio da igualdade no tocante às pessoas com deficiência auditiva

A língua natural das comunidades surdas não pode ficar em segundo plano

8 de setembro de 2021
atualizada em 8 de setembro de 2021
Foto reprodução YouTube
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A utilização da Linguagem Brasileira de Sinais é uma forma de garantir a preservação da identidade das pessoas e comunidades surdas. Além disso, contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda que, por tanto tempo, foi o alvo da hegemonia da cultura ouvinte.

Infelizmente, poucos tem acesso à informação por falta de leis mais rígidas. Por outro lado, para seguir o "politicamente correto", algumas mídias até tentam. É o caso que enfrentamos no dia 8/09/2021, ouvindo a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, transmitida pelo canal do "O Poder 360". Como se nota na foto acima, a faixa de publicidade se sobrepõe a intérprete de libras.

Incomodados, buscamos a ouvidoria da empresa por e-mail:

De: Estêvão Zizzi <ezizzi@gmail.com>
Assunto: Tarja que impede o surdo entender o que se fala
Data: 8 de setembro de 2021 17:04:10 BRT
Prezado Ouvidor,
 
Pela presente, solicito que durante suas transmissões via “internet”, retirem a tarja do anúncio da empresa, pois a mesma impede que uma pessoa surda veja o que a intérprete de libras diz.
 
Atenciosamente,
Estêvão Zizzi
Em Tempo: Segue anexo a prova do que falamos.
 
Em menos de uma hora, tivemos a resposta:
18:00 (há 48 minutos) 
 
Caro Estevão, como vai?
 
Muito obrigado por gastar seu tempo para nos alertar sobre esse erro.
Você obviamente está 100% certo.
Foi uma desatenção nossa e vamos corrigir, mudando o padrão das nossas tarjas.
De novo muito obrigado, pela sua audiência e principalmente por sua atenção conosco.
Por favor, guarde meu email e meu telefone, que estão abaixo. Sinta-se à vontade para usá-los.
 
Abraços, Marcelo Damato

Enfim, Não deixe de buscar o seu direito! Quando um consumidor deixa de reclamar, quem perde é a coletividade!

imagem de
Estêvão Zizzi
Advogado, pós-graduado em direto do Consumidor e autor de vários livros de direito. Trabalhou no Procon Estadual do Espírito Santo como Assessor Técnico, Chefe do Departamento Jurídico e Secretário Executivo. Fundador dos Procons de Guarapari e Vila Velha. Diretor Presidente do IDECON
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