O negacionismo a ciência não é novidade

A história se repete

29 de outubro de 2021
atualizada em 29 de outubro de 2021

Em 1840 o Presidente da Província do Espírito Santo relatava a Assembleia Provincial, que na época havia uma doença desconhecida e que muitas pessoas se recusavam a se vacinar.

Alguns trechos do relatório:

“... o vulgo confia muito em seus curandeiros, e só depois de esgotados todos os remédios caseiros, quando o mal já não tem cura, é que recorrem a um Cirurgião para sobre ele pesar a imputação da morte do doente.”

“A vacina vai - se propagando lentamente, porém pelas preocupações do povo rude: Em algumas pessoas nada aparece para se utilizar deste preservativo, sendo muito para estranhar que em todo o ano de 1839 nesta cidade só se vacinassem vinte e seis pessoas brancas, e cento e sessenta e quatro entre pardos e pretos, apesar das diligências e avisos ...”

“Ouvir dizer que em um Município estes prejuízos da classe ignorante tem sido alimentados por um Cirurgião, o qual insinua que a vacina é inútil, e que os mesmos vacinados podem causar o contágio de bexigas; estas ideias tem produzido muito descrédito à Vacina.

Acesse aqui a íntegra do relatório.

 

 

 

 

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Estêvão Zizzi
Advogado, pós-graduado em direto do Consumidor e autor de vários livros de direito. Trabalhou no Procon Estadual do Espírito Santo como Assessor Técnico, Chefe do Departamento Jurídico e Secretário Executivo. Fundador dos Procons de Guarapari e Vila Velha. Diretor Presidente do IDECON
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