Por onde anda Guilherme Arantes?
"Cada dia é uma batalha desigual em nome de uma paz e tudo que se entende por normal"
Na Espanha, Guilherme Arantes gravou seu mais recente trabalho: 'A Desordem dos Templários'. Com certeza, uma inspiração que traduz a angústia de tempos tão sombrios e estranhos que vivemos neste novo mundo da pós-verdade. A letra fala por si.
Para contextualizar o leitor, conheça um pouco sobre o resgate histórico do compositor no uso da metáfora dos Cavaleiros Templários: "Os cavaleiros templários eram monges guerreiros. Era uma ordem religiosa, com uma hierarquia inspirada na teologia e uma missão declarada - além de um código de ética -, mas também um exército armado e dedicado à "guerra santa"." (BBC)
A Desordem dos Templários
Como o espírito da luz
Poderá mover o pêndulo imerso em escuridão
Que balança entre as paredes da memória
Traz os pomos das discórdia
Faz a voz calar nos ecos da prisão
Nas crianças, um receio de crescer
Contaminar o céu
Da cápsula de um tempo sem rancor
Cada dia é uma batalha desigual
Em nome de uma paz
E tudo que se entende por normal
É a bandeira incandescente da exclusão
Exércitos rivais disputam seus despojos ancestrais
São troféus de honras e glórias sem pudor
Vitórias sem perdão
Remorso já ficou pra trás
É a desordem dos templários
Horda de mercenários
Dentro do coração
É a desordem dos templários
Horda de mercenários
Dentro do coração
Na cabeça do poder
Tudo só faz conspirar
A inquisição de crenças que virão nos condenar
Tudo é a lenda que se faz
Da treva que se vê
Na retina, a narrativa
Da verdade em que se crê
É a desordem dos templários
Horda de mercenários
Dentro do coração
É a desordem dos templários
Horda de mercenários
Dentro do coração
São botas de um milhão
Robôs em batalhão
Vindo pisotear o santuário deste chão
Lagartas de metal
Pneus de caminhão
Vindo pra tatuar o santuário deste chão
São botas de um milhão
Robôs em batalhão
Vindo pisotear o santuário deste chão
Lagartas de metal
Pneus de caminhão
Vindo pra tatuar o santuário deste chão
Em máscaras sem cor
Macabros carnavais
Hoje o estandarte do arco-íris
Não se hasteia mais
Com sangue se pichou
Com ódio a cicatriz
Rasgou o punho cerrado
Que berrava num cartaz
E agora tudo jaz no pátio da matrix
E o cálix que era bento
Cai do altar na catedral
No vórtex do tufão
No códice dual
A lança do destino
Crava o córtex cerebral