O enterro de segunda classe

Casos dos bastidores do Procon/ES ocorridos noebtre os anos de 92 à 95

16 de março de 2022
atualizada em 16 de março de 2022
Foto ilustração
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Uma senhora chegou ao Procon e começou a falar que seu marido foi um empresário muito conhecido na cidade e bem relacionado com seus funcionários. Ao mesmo tempo, em que falava, chorava muito. Ao perceber que não chegava no assunto, tentei interromper, mas, ela continuava:

- Contudo ele faleceu e eu contratei um velório de primeira classe.

Aí perguntei, mas sim, o que ocorreu? Ela respondeu:

- Foi uma vergonha! Imagine o senhor que, quando cheguei ao velório não vi o cafezinho, os candelabros, as flores, e o pior era aquele caixão, o senhor me desculpe, de “pobre”! Não aguentei e comecei a chorar vendo aquele zunzunzum dos funcionários.

Perguntei: - Que zunzunzum? Ela respondeu:

- Estavam chamando meu marido de pão duro. E terminou: Não há uma forma de fazer esse enterro de novo com o caixão de primeira que paguei?

Final da história: - A funerária devolveu a diferença, mas a senhora descontente, disse que iria entrar na justiça para tentar fazer um novo enterro com o caixão de primeira para desfazer a imagem do marido (pão duro) frente aos funcionários.

imagem de
Estêvão Zizzi
Advogado, pós-graduado em direto do Consumidor e autor de vários livros de direito. Trabalhou no Procon Estadual do Espírito Santo como Assessor Técnico, Chefe do Departamento Jurídico e Secretário Executivo. Fundador dos Procons de Guarapari e Vila Velha. Diretor Presidente do IDECON
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