O meu bom jenipapeiro, ou meu flamboyant?
Meu Cachoeiro, ou meu pequeno Cachoeiro?
Em 28 de julho de 1966, A música de Raul Sampaio Cocco, “Meu Cachoeiro”, foi declarada oficialmente como hino da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, decretado pela lei municipal n° 1072/66. Já em 2016, a Lei n° 7395 de 11 de abril, fez uma alteração. Mudou o nome da música para “Meu Pequeno Cachoeiro”.
No primeiro anexo, manteve o verso: “O meu bom jenipapeiro” escrito por Raul Sampaio.
No segundo anexo, trocaram “jenipapeiro” por “flamboyant” - escrito por Roberto Carlos.
Em entrevista com funcionários da câmara municipal, perguntamos qual a versão que cantam? Todos foram uníssonos: “Meu flamboyant na primavera!”
O mais interessante é que a lei diz:
- 1º Consideram-se oficiais ambas as letras constantes dos Anexos I e II desta Lei.
De qualquer forma fica a curiosidade, mas pelo que pudemos constatar, na casa de Raul Sampaio nunca teve flamboyant.
Quiseram agradar aos gregos e aos troianos. Coisas da política!
Abaixo às duas versões oficiais, onde se canta no anexo um:
O meu bom jenipapeiro,
Bem no meio do terreiro, (Raul Sampaio)
E no anexo dois:
Meu flamboyant na primavera,
Que bonito que ele era (Roberto Carlos)
ANEXO - I
Hino de Cachoeiro
Eu passo a vida recordando
De tudo quanto aí deixei.
Cachoeiro, Cachoeiro
Vim ao Rio de Janeiro
Pra voltar e não voltei.
Mas te confesso, na saudade
As dores que arranjei pra mim
Pois todo pranto destas mágoas
Inda irei juntar às águas do teu Itapemirim.
Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci.
Recordo a casa onde eu morava
O muro alto, o laranjal
O meu bom jenipapeiro,
Bem no meio do terreiro,
Dando sombra no quintal.
A minha escola, a minha rua
Os meus primeiros madrigais
Ai como o pensamento voa
Ao lembrar da terra boa
Coisas que não voltam mais.
ANEXO II
Eu passo a vida recordando
De tudo quanto aí deixei.
Cachoeiro, Cachoeiro
Vim ao Rio de Janeiro
Pra voltar e não voltei.
Mas te confesso, na saudade
As dores que arranjei pra mim
Pois todo pranto destas mágoas
Inda irei juntar às águas do teu Itapemirim.
Meu pequeno Cachoeiro
Vivo só pensando em ti
Ai que saudade dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde eu nasci.
Recordo a casa onde eu morava
O muro alto, o laranjal
Meu flamboyant na primavera,
Que bonito que ele era
Dando sombra no quintal.
A minha escola, a minha rua
Os meus primeiros madrigais
Ai como o pensamento voa
Ao lembrar da terra boa
Coisas que não voltam mais.