O meu bom jenipapeiro, ou meu flamboyant?

Meu Cachoeiro, ou meu pequeno Cachoeiro?

16 de janeiro de 2022
atualizada em 17 de janeiro de 2022
Foto do arquivo pessoal
Foto do arquivo pessoal

Em 28 de julho de 1966, A música de Raul Sampaio Cocco, “Meu Cachoeiro”, foi declarada oficialmente como hino da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, decretado pela lei municipal n° 1072/66. Já em 2016, a Lei n° 7395 de 11 de abril, fez uma alteração. Mudou o nome da música para “Meu Pequeno Cachoeiro”.

No primeiro anexo, manteve o verso: “O meu bom jenipapeiro” escrito por Raul Sampaio.

No segundo anexo, trocaram “jenipapeiro” por “flamboyant” - escrito por Roberto Carlos.

Em entrevista com funcionários da câmara municipal, perguntamos qual a versão que cantam? Todos foram uníssonos: “Meu flamboyant na primavera!”

O mais interessante é que a lei diz:

  • 1º Consideram-se oficiais ambas as letras constantes dos Anexos I e II desta Lei.

De qualquer forma fica a curiosidade, mas pelo que pudemos constatar, na casa de Raul Sampaio nunca teve flamboyant.

Quiseram agradar aos gregos e aos troianos. Coisas da política!

Abaixo às duas versões oficiais, onde se canta no anexo um:

O meu bom jenipapeiro,

Bem no meio do terreiro, (Raul Sampaio)

E no anexo dois:

Meu flamboyant na primavera,

Que bonito que ele era (Roberto Carlos)

ANEXO - I

Hino de Cachoeiro

Eu passo a vida recordando

De tudo quanto aí deixei.

Cachoeiro, Cachoeiro

Vim ao Rio de Janeiro

Pra voltar e não voltei.

Mas te confesso, na saudade

As dores que arranjei pra mim

Pois todo pranto destas mágoas

Inda irei juntar às águas do teu Itapemirim.

Meu pequeno Cachoeiro

Vivo só pensando em ti

Ai que saudade dessas terras

Entre as serras

Doce terra onde eu nasci.

Recordo a casa onde eu morava

O muro alto, o laranjal

O meu bom jenipapeiro,

Bem no meio do terreiro,

Dando sombra no quintal.

A minha escola, a minha rua

Os meus primeiros madrigais

Ai como o pensamento voa

Ao lembrar da terra boa

Coisas que não voltam mais.

ANEXO II

Eu passo a vida recordando

De tudo quanto aí deixei.

Cachoeiro, Cachoeiro

Vim ao Rio de Janeiro

Pra voltar e não voltei.

Mas te confesso, na saudade

As dores que arranjei pra mim

Pois todo pranto destas mágoas

Inda irei juntar às águas do teu Itapemirim.

Meu pequeno Cachoeiro

Vivo só pensando em ti

Ai que saudade dessas terras

Entre as serras

Doce terra onde eu nasci.

Recordo a casa onde eu morava

O muro alto, o laranjal

Meu flamboyant na primavera,

Que bonito que ele era

Dando sombra no quintal.

A minha escola, a minha rua

Os meus primeiros madrigais

Ai como o pensamento voa

Ao lembrar da terra boa

Coisas que não voltam mais.

 

 

imagem de
Estêvão Zizzi
Advogado, pós-graduado em direto do Consumidor e autor de vários livros de direito. Trabalhou no Procon Estadual do Espírito Santo como Assessor Técnico, Chefe do Departamento Jurídico e Secretário Executivo. Fundador dos Procons de Guarapari e Vila Velha. Diretor Presidente do IDECON
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