Mamãe Falei e o fracasso da política de lacração e conservadorismo hipócritas
Em 2022 o eleitor brasileiro precisa amadurecer à força, na base do carbureto
A infantilidade do eleitor brasileiro nos trouxe até aqui, no mais baixo nível de parlamentares. Três anos de escândalos diários, muitas denúncias de corrupção, mortes e retrocessos importantes das políticas públicas. Votaram em peso em candidatos da lacração e do conservadorismo hipócrita.
Antes, o nosso problema fosse só os garotos do MBL deslumbrados com o poder. Porém, ouvimos diversos outros políticos falarem sobre estuprar mulheres, comer gente e agredir profissionais da comunicação por serem mulheres. Muitos desses absurdos ditos ainda durante a campanha eleitoral que elegeram essas lideranças.
Conseguiram convencer os brasileiros que o politicamente correto era errado, tiraram os frustrados do armário com suas raivas enrustidas, tornaram a maldade atraente e a violência sedutora. Dividiram a nação, quebraram famílias, afundaram o país em diversas crises e mancharam nossa história.
2018 será lembrado como o ano das eleições mais bizarras depois da redemocratização. Espero que não erremos de novo. Ao tentar mudar o quadro político do país, no desespero, eleitores "zapzaps" especialistas em tudo que não estudaram, entregam nossas vidas e nossa pátria a uma cambada de políticos mentirosos, oportunistas e não menos corruptos do que os mandatários anteriores.
Nenhum candidato que seja realmente conservador fica gritando nas redes sociais e palanques sobre ser conservador. Este, deixa que sua conduta e seu caráter falem por si. Um conservador de verdade vive o seu conservadorismo e não tenta impor isso a ninguém.
O candidato lacrador, não está preocupado com projetos de país. Este está preocupado em destruir reputações, chamar atenção nas redes sociais e ganhar a simpatia de um eleitor Infantilizado, de pouco conhecimento, que prefere votar em quem ganha a disputa da lacração e polarização do que ter o trabalho de se informar sobre precedentes e competências do candidato.
Parece que em 2018 os eleitores brasileiros conseguiram tornar a política e o país ainda piores e elegeram uma turba de incompetentes e charlatães. Tornaram projetos de país supérfluos e valorizaram a truculência.
O episódio recente dos áudios vazados do deputado mais votado de São Paulo, Arthur Do Val, o Mamãe Falei, menosprezando as mulheres refugiadas da guerra na Ucrânia, é um dos exemplos, dentre diversos outros candidatos que se elegeram com a plataforma do falso conservadorismo, da estética lacradora e sem nenhum programa digno ao país.
E é impressionante o desespero de outros parlamentares, que são exatamente iguais ao Mamãe Falei, lhe tacando pedras e tentando descolar suas imagens às da dele. São os primeiros e mais duros em reprovar seu comportamento, mas não são melhores.
O próprio presidente Jair Bolsonaro, o mais famoso mandatário sexista, agora condena a fala do parlamentar paulista. Bolsonaro, já falou que a única filha que teve, foi num momento de “fraquejada”. E ainda quando era deputado federal, disse que não estupraria a também deputada Maria do Rosário porque ela não merecia por ser feia.
Por isso, Arthur Do Val é só mais um exemplo deplorável do que tem sido a preferência política dos eleitores brasileiros de 2018. Até quando os sofreremos?