O Vírus do Amor
Devemos ter esperança em um futuro melhor
Não quero ser chato, prosaico ou saudosista. Mas, os vírus existem há milhões de anos na terra.
Inspirado na entrevista concedida por Leonardo Boff ao UOL, hoje, venho dissertar sobre a importância de preservarmos nossos habitats.
O coronavírus é um vírus zoonótico, o que significa que usa animais silvestres como reservatórios naturais. Eles estão na natureza e fazem parte dela, ok?
Pesquisas têm indicado que o avanço do industrialismo moderno em lugares de alta biodiversidade, como na nossa querida “Mata Atlântica” rica em fauna e flora, caso afetada por grandes alterações ambientais, como desmatamentos, traz diversas consequências para a saúde do homem.
Existem estudos realizados pela Fiocruz, que confirmam o surgimento de novas doenças e ressurgimento de outras, a partir do desmatamento da floresta.
Segundo Leonardo Boff, foi esse avanço que destruiu os habitats dos vírus. E estes passaram a nós, que não temos imunidade.
Grandes cientistas como Albert Einstein, Stephen Hawking, Francis Collins e tantos outros afirmaram que o contato profundo com a natureza os levaram a um sentimento de reverência e de respeito perante ao mistério da existência, da vida, da complexidade e da riqueza da natureza.
Todos, inclusive eu e você, desfrutamos da casa comum, a terra. E mesmo se quiséssemos, não conseguiríamos evitar que uma folha caísse da árvore. Não!
Todos estamos ligados a um todo que tudo envolve, sustenta e transcende, inclusive a árvore e a sua folha.
Apesar de ainda, existirem pessoas que acreditam ser só uma “gripezinha”, o vírus Covid-19 acabou com a pretensão do homem de querer ser “Deus”. Mostrou nossa total vulnerabilidade. Exércitos, ogivas, nada adiantou contra o ataque promovido pelo vírus.
A natureza está querendo nos mostrar a importância de termos uma relação mais benigna com ela. E entender isso é dar um grande salto para nossa evolução.
Apesar da cultura predatória do capital, que reforça em todos nós o consumo, é preciso perdemos o medo da floresta e buscar o equilíbrio para que nós, ainda mais equilibrados, possamos refletir sobre sustentabilidade e a necessidade de releitura dos antigos modelos, lançando um olhar diferenciado nas relações econômicas, sociais e ecológicas.
Talvez possamos deixar morar em nós o vírus do amor, sem limites para deixá-lo crescer. Era preciso escrever isso!
“Salve o Parque Augusto Ruschi”