Parque ou Empresa?
Em uma sociedade atuante, organizada e barulhenta é esperado que se busque construir um lugar aprazível e próspero
Parque ou Empresa?
Santa Teresa, no Espírito Santo, com privilegiada localização geográfica, detém clima fantástico, Mata Atlântica e colonização italiana. Não poderia ter melhor configuração. Prova disto, são inúmeros eventos repletos de turistas. Com este ativo será sempre um atrativo para quem aqui venha a se fixar ou passear.
Em evento realizado - Audiência Pública - no Auditório Augusto Ruschi no Museu Melo Leitão, pude constatar e contribuir para que se busque, ao final, a harmonia do tema proposto: 'Salve o Parque'. Onde de um lado havia uma proposta de ter o Parque Temático Augusto Ruschi de volta aos seus princípios, quando da doação, e de outro a instalação de um hotel temático no local.
Em uma sociedade atuante, organizada e barulhenta - no bom sentido -, é esperado que se busque construir um lugar aprazível e próspero.
Tem que ser assim em uma sociedade comprometida e esclarecida, daí se estabeleceu um dilema, que pelo que se propôs existe um conflito.
Uma parte da sociedade, que busca gerar emprego e oportunidades de investimento, defende a doação do parque a uma empresa privada. Para ali ter um projeto vultuoso de um hotel temático a ser construído pelo Sesc. Este com recursos ilimitados, pois em suas receitas advindas de contribuições sobre folha de salários dos empregados do comércio e com isenções tributárias no seu faturamento. Enfim terá que coexistir com as demais empresas do seguimento, as quais não têm recursos nos moldes do Sesc. E empresas do seguimento de hotelaria e restaurante, tem umas das maiores tributações dos setores da iniciativa privada.
O problema está posto. E mesmo a sociedade não tenha sido ouvida no momento da doação da área pública para uma empresa privada, agora, a sociedade se fez ouvir. Tudo indica que ela saberá decidir qual o melhor destino para os 100 mil m² do Parque Temático Augusto Ruschi, o que é justo e democrático. Sou da opinião que quem dá a última palavra são os donos, o povo teresense, que no futuro colherá os frutos desta decisão.
Em minha primeira aventura neste espaço, vou ficando por aqui. Sendo um recém chegado nesta bela e ímpar cidade, vou devagar, pois quero em chegando ser bem acolhido. E conhecendo a cultura italiana com a qual tenho laços eternos, pois tenho duas filhas Benetti, aprendi a respeitar e amar a cultura italiana, única e grandiosa.