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Carmem Barcellos recebe comenda Augusto Ruschi por luta pela preservação

Ativista é fundadora do site Convergente e coordena o Movimento Salve o Parque em Santa Teresa

11 de agosto de 2022
atualizada em 11 de agosto de 2022
Carmem recebeu a honraria na Assembleia Legislativa nesta quarta - feira (10). Foto: Divulgação/Ales
Carmem recebeu a honraria na Assembleia Legislativa nesta quarta - feira (10). Foto: Divulgação/Ales

A moradora e ativista de Santa Teresa, Carmem Barcelos, recebeu nesta quarta-feira (10), a comenda Augusto Ruschi. A honraria é concedida pela Assembleia Legislativa a pessoas que trabalham em prol da preservação do meio ambiente capixaba.

Natural de Vila Velha, Carmem veio morar em Santa Teresa em 2014. A ativista é fundadora do site Convergente, coordena o Movimento Salve o Parque – que busca a retomada de área de preservação e lazer pública doada ao Sesc – e ainda atua como bancária.

A comenda foi indicação do deputado Fabrício Gandini (Cidadania) ao reconhecimento do trabalho de Carmem pela proteção da natureza em Santa Teresa e noutras cidades capixabas. Isto porque o site Convergente tem trazido, tanto em formato de reportgens quanto de artigo de opinião, sobre situações de destruição ambiental e exemplos de sustentabilidade nos municípios do ES.

Carmem disse que percebeu a importância da luta pela preservação e recuperação do meio ambiente a partir de uma situação de saúde.

“Quando eu fiquei gravemente doente e os médicos me disseram que apenas a natureza em Santa Teresa poderia me salvar, eu compreendi meu dever de lutar por ela. Ali nascia uma ambientalista. É verdade que ainda estou engatinhando neste trabalho. E a Comenda Augusto Ruschi é uma lembrança de que todos nós devemos fazer tudo ao nosso alcance para salvá-la e preservarmos a vida neste planeta” – Carmem Barcellos.

A ativista lembrou que a comenda tem o nome do cientista e ativista teresense Augusto Ruschi (1915 – 1986), cujo trabalho ganhou reconhecimento internacional e deixou imenso legado para o muncípio, dentre eles reservas florestais e o museu Melo Leitão, que desdobrou no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

“Augusto Ruschi foi mal entendido por alguns e odiado por outros. Mas o tempo provou seu valor” – Carmem Barcellos

Carmem também destacou a necessidade de ampliar a preservação em Santa Teresa, retomar o terreno público doado pelo estado ao Sesc em 2010 para que a comunidade possa ter uma área de lazer, convivência e contemplação, além de proteger a mata Atlântica, nascentes e o rio Timbuí existentes na propriedade.

Por fim, alertou para os efeitos nocivos da especulação imobiliária que tem transformados áreas de produção agrícola, florestas e nascentes em condomínios, chácaras e até lotes em zona rural, apontando para a necessidade de disciplinar o uso e ocupação do solo nas montanhas do município.

“Infelizmente há mais força na especulação imobiliaria destruidora, do que força naqueles que defendem a natureza. Até quando sofreremos com estes homens gananciosos?” – Carmem Barcellos.

imagem de
Bruno Lyra
Jornalista especializado em coberturas ambientais e professor de geografia
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