Movimento Salve o Parque se reúne com o Instituto Nacional da Mata Atlântica
Reunião foi pautada pelas últimas notícias referentes a devolução da área de 100 mil m² do Parque Temático Augusto Ruschi pelo SESC ao Governo do Estado do Espírito Santo
O Movimento Salve o Parque, de Santa Teresa, esteve em reunião com o Instituto Nacional da Mata Atlântica dia 2 de agosto e contou com a presença de seis membros do Movimento: a bióloga Zélia Loss, a pedagoga Anastácia Corona, o professor Francisco Miguel, o educador José Baioco, o bancário José Luiz Formentini,
a líder do movimento Carmem Barcellos, do Diretor do INMA, o senhor Sérgio Lucena, e da assessora de comunicação do Instituto, senhora Alba Lívia. A reunião foi pautada pelas últimas notícias referentes a devolução da área de 100 mil m² do Parque Temático Augusto Ruschi pelo SESC ao Governo do Estado do Espírito Santo.
Imediatamente ao anúncio da Fecomércio sobre a devolução da área do Parque, o senhor Governador Casa Grande anunciou que a área seria doada ao Instituto Nacional da Mata Atlântica. As notícias causaram grande perplexidade entre os membros do Movimento Salve o Parque, visto que em momento algum foi contatado e informado sobre tal intenção. O Movimento Salve o Parque nasceu de uma necessidade legítima da população teresense em manter no município o Parque Temático Augusto Ruschi para o lazer e socialização de jovens, crianças, famílias e turistas em uma área grande em meio a natureza. É mais que justo ser informado em primeira mão e convidado a participar das decisões sobre a área.
O Movimento surgiu em 2015 depois que o município resolveu devolver ao estado a área cedida em comodato, onde um parque ecológico urbano havia sido construído e, logo após finalizado, ter sido doado ao SESC para construção de um Hotel. Tudo feito num processo questionável e sem a devida discussão e anuência da população. Por iniciativa de pousadeiros, hoteleiros e população civil, sob a liderança de André Ruschi, uma ação popular com grande aderência de teresenses foi impetrada sob os cuidados da Advogada Doutora Giovana Fidalgo e assessoria do Doutor Apolônio Cometti. Devido ao falecimento do filho de Augusto Ruschi, a ação popular perdeu um pouco de sua mobilização enquanto o processo corria na justiça até que, em primeira instância, o juiz da comarca, o excelentíssimo Dr. Alcemir Pimentel, decidiu confirmar a doação da área ao SESC, desde que este mantivesse uma área construída e dedicada a um parque.
Esta decisão foi questionada pelo Movimento e especialistas, por entender que um Hotel de grande porte naquela área tiraria a possibilidade do Parque possuir, em seu entorno, um ambiente natural com garantias de livre acesso e de posse pública, causaria um grande dano ambiental, social, econômico e de mobilidade, entre outros. Neste momento, surge novo fôlego ao Movimento Salve o Parque sob a liderança da bancária Carmem Barcellos. Recorrendo aos generosos e competentes advogados Giovana e Apolônio, contatando os participantes do Movimento, entendendo a grande necessidade do município em manter aquela área para usufruto da população, um recurso levou o processo para segunda instância.
Neste ponto, Carmem Barcellos buscou apoio das lideranças políticas do município, momento em que não demonstraram qualquer interesse prático pela causa, pela área, pelas necessidades dos jovens, crianças, famílias e turistas teresenses. Num esforço dedicado, Carmem e membros do movimento buscaram apoio político fora da esfera municipal, pois a área, oficialmente, pertencia ao estado do Espírito Santo. Depois de visitarem alguns gabinetes de deputados e senadores, o movimento encontrou grande ajuda no mandato do Deputado Estadual Fabrício Gandini. Sem limitar esforços no trabalho e comprometido com a causa, o deputado e sua equipe foram fundamentais para dar voz ao Movimento e chamar atenção da população capixaba, do governo e da nova direção da Fecomércio. Ainda repercutiram e deram voz ao movimento os veículos de comunicação que fazem jornalismo sério neste estado.
Com a recente atitude do governo do estado em decidir doar o terreno ao INMA sem ouvir e informar ao Movimento Salve o Parque e a população, muitos se escandalizaram e indignados forçaram a liderança do movimento a dar voz a revolta que se seguiu. Reconhecendo sua posição como Porta Voz da população, Carmem Barcellos gravou um áudio onde questionou a atitude do governador e pediu que a população não fosse negligenciada e fosse ouvida neste processo de decisão sobre o destino dos 100 mil m² doados em 1985 para abrigar a casa do governador do estado do Espírito Santo.
E foi na reunião do dia 2 de agosto com o Instituto Nacional da Mata Atlântica que o Salve o Parque recebeu a garantia de que o Movimento será atendido no seu pleito de manter a área como santuário ecológico e adaptado para abrigar um parque Ecoturístico, sob a direção do INMA, com projeto aprovado pela população teresense. Sendo assim, para os líderes e advogados do Movimento popular fica claro que será muito bom e atenderá os anseios de todos, se a área for administrada pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica com o compromisso legal de manter o Parque Ecoturístico aberto e franqueado a população.