Tiroteio em mais uma escola nos EUA

O incidente ocorre a menos de uma semana do presidente americano Joe Biden ter anunciado uma série de medidas para tentar conter o que ele chamou de 'epidemia de violência com armas de fogo' nos EUA

13 de abril de 2021
atualizada em 22 de julho de 2021

A polícia da cidade de Knoxville, no estado americano do Tennessee, informou nesta segunda-feira (12) que uma pessoa morreu e outras ficaram feridas, entre elas um policial, após tiroteio em uma escola de ensino médio.

O incidente ocorreu por volta das 15h15 (local, 17h15 em Brasília), informaram as autoridades locais. Os policiais foram chamados para o local pela suspeita de que um homem estaria armado. Quando chegaram, foram recebidos a tiros.

Um homem morreu no local e outro, relacionado com incidente, foi detido. Um policial ferido foi levado a um hospital e não corre risco de vida.

O incidente ocorre a menos de uma semana do presidente americano Joe Biden ter anunciado uma série de medidas para tentar conter o que ele chamou de 'epidemia de violência com armas de fogo' nos EUA.

Como se não bastasse a pandemia do coronavírus, periodicamente, nos Estados Unidos, acontecem tiroteios em escolas. Sabemos que naquele país existe uma cultura belicista onde permite cada cidadão americano ter o direito de possuir armas de fogo, tal respaldo se dá pela segunda emenda da Constituição Americana de 1791, e nesse cenário, é muito comum ter vários comércios onde se vendem todos os tipos de armas ao lado de potes de balas.

O fato ocorrido traz uma reflexão profunda. Nos EUA há quase três séculos, a sociedade convive com essa cultura de portar e ter em posse armas de fogo. Em consonância, temos o que pensa o Presidente Jair Bolsonaro e sua promessa de campanha: “O povo armado jamais será escravizado”.

Nos Estados Unidos existe uma pressão muito grande da indústria bélica. São exportadas armas para quase todo mundo e é carro-chefe das importações americanas. O país gerou impasses diplomáticos, onde os Estados Unidos venderam armas para os “dois lados” de países guerra, tendo armado, também, o então ditador Sadam Housseim deposto no pós atentado 11 de Setembro.

Será que vale a pena todo o tipo de pessoas andar armada no Brasil? Será que realmente a sociedade estará livre com o governo armando a população? Será que as crianças estarão seguras no interior das escolas?

Essas são algumas perguntas que cada um deve se fazer. Precisamos pesar os prós e contras nessa possibilidade de escalada armamentista por uma parcela da população.

Existem vários problemas sociais no Brasil diferentes aos do Estados Unidos. Mesmo numa sociedade globalizada, não podemos tomar nenhum país como modelo sem levar em conta as particularidades..

No Brasil ocorrem muitos crimes envolvendo armas de fogo. Muitas dessas armas são furtadas dos quartéis e de colecionadores, indo parar no mercado negro. Esses crimes muitas vezes são insolúveis, haja vista, que alguns ocorrem em áreas controladas por milicianos e traficantes de drogas. Dificilmente encontram testemunhas e provas para combater a impunidade.

Por isso, existe pesos e medidas que devem ser levados em conta. E o problema em armar a população brasileira, ao que vemos, é o individualismo e banalização da vida, que cada vez mais se evidencia.

imagem de
Edno Ferreira
Colaborador para Agricultura e Educação
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