Parábola do concurso público

Dois jovens, um rico e um pobre, se inscreveram para concorrer a uma vaga no serviço público federal cujos proventos eram dignos de um marajá e atraíram milhares de candidatos. Saindo o resultado, não houve surpresas: enquanto o rico logrou sucesso, o pobre não alcançou seu objetivo. Os classificados para as vagas eram todos eles oriundos de famílias ricas. Ao tomarem posse no cargo, foram saudados pelos superiores:

_ Vocês estão aqui por merecimento. Obtiveram as melhores notas. Parabéns!

Assim funciona a meritocracia. São dadas as provas e os melhores ocupam os cargos. Tudo está correto. Exceto por um detalhe: meritocracia pressupõe igualdade. No referido concurso, a maioria absoluta já entrou eliminada, uma vez que não poderia competir em igualdade com os candidatos ricos cuja preparação foi muito mais adequada graças à situação financeira da família.

Moral: Todos os candidatos são iguais, mas há candidatos que são mais iguais que os outros. (muitos confundem Igualdade com Equidade. A igualdade nem sempre é justa). Ex.: Concurso público: conta a nota da prova, mas omite-se as condições de estudo para a prova.